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Arcebispo pede união contra “medida ditatorial” pela não legalização do aborto do STF

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O arcebispo de Juiz de Fora, dom Gil Antônio Moreira, pediu a todos se unam “contra esta medida ditatorial” do Supremo Tribunal Federal (STF) “de impor leis tão graves, transformar crime em lei” com o julgamento que pode legalizar o aborto até a 12ª semana de gravidez.

“Como podem 11 ministros que nem foram eleitos pelo povo determinar algo tão sério, tão grave para as mães brasileiras, para as famílias brasileiras, para impedir a vida, a criança que ainda nem nasceu?”, pergunta dom Gil em vídeo publicado ontem (20). “Esta matéria deveria no mínimo ser discutida entre aqueles que foram escolhidos pelo povo, pelo voto democrático: pela Câmara, pelo Senado, pelo Congresso Nacional”, declarou o arcebispo.

O STF marcou para amanhã (22) o início do julgamento da Arguição de Descumprimento de Provisão Constitucional (ADPF) 442 com que o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) pede a descriminalização do aborto até a 12ª de gravidez em julgamento virtual sem debate em tempo real entre todas as partes.

Para dom Gil Antônio Moreira, a intervenção do STF é uma imposição da “lei abortista ao povo brasileiro”. “Aborto é assassinato”, disse o arcebispo. “É matar de forma violenta crianças que ainda nem nasceram”.

“Unamo-nos meus irmãos, não vamos suportar medidas ditatoriais, não vamos aceitar que as nossas crianças sejam ameaçadas. Hoje aprovam lei para três meses de gravidez. Amanhã quem pode dizer que não vão aprovar o aborto até a hora do nascimento como já acontecem em outros países? Isso é um retrocesso da humanidade. Unamo-nos para que a vida seja protegida, que nossas crianças sejam defendidas e deem a elas o direito de nascer”, pediu dom Gil Antônio aos fiéis.

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