Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” João 8, 32
Informávamos em nosso primeiro contato que o nosso compromisso é, e será sempre, com a Verdade.
A questão é: O que é a verdade?
Pilatos fez essa pergunta a Jesus (João 18, 37-38), e perdeu a grande oportunidade de ouvir a resposta de quem é autoridade no assunto. Preferiu ouvir a verdade dos anciãos do povo.
O mundo perdeu a grande oportunidade de ouvir a melhor definição a respeito. Arrisco dizer que se ele tivesse parado para ouvir a resposta, tudo poderia ter sido diferente, para ele e para a humanidade.
Ele não estava interessado na resposta, pois já tinha a sua verdade e não lhe interessava conhecer “a Verdade” que liberta. Escravo do poder, era também escravo das suas convicções distorcidas.
Por não ouvirmos a resposta, o mundo continua a buscar uma resposta até hoje, e cada vez mais está sendo difícil encontrar ou acreditar nas definições apresentadas.
Dá até para aplicar as palavras de Jesus a respeito do Reino de Deus: “Então vos dirão: Ei-lo aqui, ou ei-lo ali. Não deveis sair nem os seguir” (Lucas 17, 23). Diante dessa profunda ausência da verdade e, consequente crise de credibilidade em tudo, no que se diz, no que se ensina, ou no que se acredita, precisamos estar muito alertas em relação à fonte, onde vamos buscar a Verdade.
Estamos à beira de um colapso social, se é que já não estamos dentro dele. Tudo por causa das distorções e desfigurações da Verdade. Cada um tem a sua verdade, e pronto. Ninguém abre mão, ninguém aceita considerar outras posições que não as suas próprias convicções.
Precisamos urgentemente recolocar a Verdade em seu devido lugar e fazer com que ela governe os corações e as mentes. A Verdade é uma só. E só existe uma fonte segura, onde a encontraremos. E dessa verdade única se originam todos os conceitos que regem o universo, ou ao menos assim deveria ser.
A Verdade é uma Pessoa e a partir dessa Pessoa tudo foi feito, tudo subsiste e permanece fundamentado nela. Essa Verdade, essa Pessoa é, e sempre será, Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem.
Ele mesmo, na autoridade de reunir em si as duas naturezas: a divina e a humana, se define e se apresenta como: “Caminho, Verdade e Vida” (João 14, 6)
O universo é sustentado pela Verdade, e quando essa verdade é desvirtuada estabelece-se o caos, que se manifesta exatamente pelo fato de que cada individuo tem e pauta sua vida e convicções, a partir da sua verdade. Nesse contexto identificamos uma verdade subjetiva e uma verdade objetiva.
Nos temas que afetam o universo, especificamente aqueles que dizem respeito à nossa vida, só existe uma verdade:
- Em se tratando da família, só uma é a verdade: o homem se unirá à mulher e serão uma só carne (Genesis 2, 24);
- Em se tratando da vida, uma só é a verdade: defender e valorizar a vida de todos, desde a concepção até o seu fim natural (João 10, 10);
- Em se tratando de fé, uma só é a verdade: há um só Deus perfeitíssimo criador de tudo e de todos (Efésios 4, 6);
- Em se tratando de pessoa humana, a verdade é uma só: somos criados homem e mulher e recebemos o sopro divino na concepção (Genesis 1, 27).
Para sermos fiéis à proposta da coluna, de produzir textos curtos e objetivos, encerramos essa primeira parte da reflexão por aqui. Na próxima reflexão daremos continuidade ao tema.
Até a próxima sexta feira.