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Papa pede abordagem centrada no ser humano à conferência da ONU sobre mudanças climáticas

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o falar sobre o conceito de “financiamento climático”, o papa Francisco disse hoje (13) em mensagem à cúpula do clima COP29 da Organização das Nações Unidas (ONU) que a dívida ecológica e a dívida externa comprometem o futuro de uma nação.

Francisco disse que tanto a dívida externa quanto a dívida ecológica estão “hipotecando o futuro” das nações.

Devemos “fazer esforços para encontrar soluções que não comprometam ainda mais o desenvolvimento e a capacidade de adaptação de muitos países que já estão sobrecarregados por uma dívida econômica paralisante”, disse o papa.

Uma “nova meta quantificada coletiva sobre financiamento climático” é uma das metas da COP29 — a 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas — que ocorre em Baku, Azerbaijão, de 11 a 22 de novembro.

Financiamento climático refere-se ao financiamento local, nacional ou transnacional de ações de mitigação de mudanças climáticas.

O secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, que representa a Santa Sé na conferência, leu hoje (13) a mensagem do papa à assembleia.

Na mensagem, Francisco disse que há considerável indiferença em relação aos problemas ambientais na era moderna: “Não podemos lavar as mãos sobre isso, com o distanciamento, com o descuido, com o desinteresse. Este é o verdadeiro desafio do nosso século”.

“A indiferença é cúmplice da injustiça”, disse o papa.A Conferência das Partes (COP) da ONU sobre mudanças climáticas acontece todo ano desde 1995 para discutir os objetivos da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês) de 1992.

A Santa Sé aderiu à UNFCCC e ao acordo de Paris de 2015 em 2022.

O papa Francisco disse que a Santa Sé continua a apoiar os esforços da COP29, especialmente na área da educação ecológica integral e na conscientização sobre o problema ambiental como uma questão humana e social.

“É essencial buscar uma nova arquitetura financeira internacional que seja centrada no ser humano, ousada, criativa e baseada nos princípios de equidade, justiça e solidariedade”, disse o papa.

“Uma nova arquitetura financeira internacional que possa realmente garantir a todos os países, especialmente aos mais pobres e aos mais vulneráveis ​​aos desastres climáticos, caminhos de desenvolvimento tanto de baixa emissão de carbono quanto de elevada partilha que permitam a todos atingir o seu pleno potencial e ver a sua dignidade respeitada”, disse Francisco.

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