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A alegria que vem de Deus não se desgasta e se multiplica quando compartilhada, diz papa Francisco

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Acidigital

“É necessário um pouco de caos”, disse o papa Francisco enquanto um grupo de crianças se ajeitava em volta dele no início da Audiência Geral de hoje (27).

Da Praça de São Pedro, sob o olhar destas crianças e dos peregrinos que o ouviam desde a esplanada, o papa falou do significado dos frutos que o Espírito Santo concede, mudando o tom habitual das suas catequeses e falando especialmente para as crianças.

No início, ele citou alguns frutos elencados por são Paulo como o amor, a alegria e a paz, a magnanimidade, a afabilidade, a bondade e a confiança, a mansidão e a temperança.

Ao contrário dos carismas, que o Espírito concede a quem quer e quando quer para o bem da Igreja, “os frutos do Espírito são o resultado de uma colaboração entre graça e liberdade”, disse Francisco.

Entre esses frutos, o papa Francisco destacou a alegria. “Com Jesus Cristo a alegria sempre nasce e renasce”, disse, e destacou que embora às vezes haja “momentos tristes”, sempre há paz.

“A alegria, fruto do Espírito, tem em comum com qualquer outra alegria humana um certo sentimento de plenitude e satisfação, que nos faz desejar que dure para sempre. No entanto, sabemos por experiência que isso não acontece, porque tudo aqui embaixo passa rápido”, continuou.

Como exemplo de que tudo passa rápido, Francisco citou a juventude, a saúde, a força, o bem-estar, as amizades, o amor. Mesmo que essas coisas “não passassem tão rápido, depois de um tempo já não bastam, ou até se tornam tediosas”.

Isso acontece, segundo o papa, por causa da inquietação do coração. Citando santo Agostinho, ele disse que somos feitos para Deus e que “o nosso coração está inquieto” até repousar n’Ele.

“Diferente de qualquer outra alegria humana, marcada pela transitoriedade, a alegria evangélica pode renovar-se diariamente e tornar-se contagiosa”, disse.

A alegria que é fruto do Espírito Santo, continuou o papa, “não se desgasta com o tempo e se multiplica quando compartilhada”.

Francisco falou do exemplo de são Filipe Néri, conhecido como o “apóstolo de Roma”, que ficou conhecido na história como o santo da alegria.

Ele comentou que este santo “tinha tanto amor por Deus que, por vezes, parecia que o seu coração ia explodir no peito. A sua alegria era, no sentido mais pleno, um fruto do Espírito”.

A partir do exemplo do santo fundador da Congregação do Oratório, que “sempre perdoava, perdoava tudo”, recordou que “Deus perdoa tudo, Deus perdoa sempre. E essa é a alegria: ser perdoado por Deus. E aos padres e confessores eu sempre digo: ‘Perdoem tudo, não perguntem demais; mas perdoem tudo, tudo e sempre”.

Por fim, o papa disse que “não se pode comunicar com rostos tristes e semblantes sombrios, mas com a alegria de quem encontrou o tesouro escondido e a pérola preciosa”.

No final da Audiência Geral, durante a saudação aos peregrinos, Francisco convidou a rezar pelas crianças da Ucrânia que sofrem por causa da guerra, especialmente por causa das condições do “inverno rigoroso”.

Francisco também falou da situação na Terra Santa e pediu pela paz. “Rezemos pela paz”, exortou antes de dar a sua bênção.

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