Acidigital
Matheus Vianna recebeu em 2013 o milagre que levou à beatificação de Carlo Acutis. Hoje, aos 15 anos, ele leva uma vida reservada, em Campo Grande (MS), ao lado da avó Solange Maria do Prado Lins Vianna, que ficou com a guarda dele depois que sua mãe morreu. Autista, Matheus prefere não ser exposto, por isso a família mantém sua imagem preservada, diz relato divulgado ontem (3) pela capela Nossa Senhora Aparecida, hoje conhecida como capela do milagre.
Matheus tinha três anos à época e sofria de pâncreas anular, anomalia grave que não permitia que ele se alimentasse normalmente e tivesse vômitos constantes. A família fez uma novena a Carlo Acutis depois que soube do jovem italiano por meio do pároco de São Sebastião, padre Marcelo Tenório.
Em 12 de outubro de 2013, ao final de uma missa na capela Nossa Senhora Aparecida, o sacerdote expôs uma relíquia de Carlo. Incentivado pelo avô, Matheus se aproximou, tocou na relíquia e pediu para “parar de vomitar”. Naquela noite, já mostrou sinais de melhora.
“Ele pediu comida e comeu caldinho de feijão com arroz”, contou a avó, Solange Vianna, à assessoria de imprensa da capela. “Não vomitou mais. Começou a ganhar peso. Aí levamos ao médico e refizemos os exames. O pâncreas estava perfeito”.
O caso foi documentado, enviado à Santa Sé e reconhecido como um milagre por intercessão de Carlo Acutis, levando à sua beatificação em 10 de outubro de 2020.
“Todos os dias eu agradeço a Deus e ao Carlo pela imensa graça”, disse Solange Vianna. “É uma experiência que mostra ao mundo que é possível viver a santidade nos tempos atuais”.
Segundo ela, embora não compareça com frequência às novenas que acontecem semanalmente na capela, por causa de sua rotina com terapias e acompanhamento médico, Matheus entende o milagre que viveu e tem Carlo Acutis como “guardião espiritual”.
No próximo dia 27 de abril, a família espera acompanhar a canonização de Carlo Acutis. Solange, que é técnica em enfermagem, já pediu dispensa do plantão no hospital para participar da programação na paróquia São Sebastião, onde tudo começou.
