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A polícia da Nicarágua transfere e investiga dois padres

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A polícia do governo de Daniel Ortega e Rosario Murillo, vice-presidente da Nicarágua, transferiu e investigou dois padres da diocese de Estelí, conhecidos por sua proximidade e apoio a dom Rolando Álvarez, bispo de Matagalpa preso pelo regime e acusado de “traição à pátria.”

Dom Álvarez também é o administrador apostólico da diocese de Estelí, que está vacante desde 6 de julho de 2021.

Em um comunicado divulgado ontem (23), a diocese de Estelí informou que “o padre Pastor Eugenio Rodríguez Benavides, pároco da paróquia Divina Providência de Jalapa, e o padre Leonardo Guevara Gutiérrez, pároco da catedral de Estelí, foram intimados pelo Polícia Nacional no sábado (20) e na segunda-feira (22), respectivamente”.

Segundo a diocese nicaraguense, os dois foram “transferidos” pelas autoridades para Manágua, capital do país, “para uma das casas de formação da Igreja, durante um período de investigação de questões administrativas da extinta Cáritas diocesana de Estelí”.

A Cáritas Estelí foi dissolvida em fevereiro de 2022 pelo governo de Ortega e Murillo, sob acusação de suposto descumprimento de obrigações. Procedimentos semelhantes foram usados ​​pelo governo para fechar várias instituições de caridade da Igreja Católica no país, como a congregação das Missionárias da Caridade, de santa Teresa de Calcutá.

Em março deste ano, o governo anunciou a “dissolução voluntária” da Cáritas Nicarágua.

Em seu comunicado de ontem (23), a diocese de Estelí diz que os dois padres “estão bem em sua integridade física, mas à ordem das autoridades do país”.

“Agradecemos a todos pela preocupação e carinho por eles e por todos os padres, enquanto pedimos que acompanhem este processo com suas orações e calma, evitando fazer eco de qualquer informação distorcida e tendenciosa que crie um clima de grande inquietação e ansiedade”.

A diocese nicaraguense manifesta a sua preocupação “pelos fiéis que ficarão impedidos de sua vivência sacramental nas paróquias afetadas enquanto durar este processo”. Por isso, comprometeu-se em “assistir-lhes na medida em que nossas forças o permitirem”.

“Redobramos a nossa oração e reafirmamos a nossa confiança no Senhor que não abandona os seus filhos”, concluiu.

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