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É hora de acabar com esse massacre, diz Leão XIV sobre ataque a igreja em Gaza

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“É hora de pôr fim a esse massacre”, disse o papa Leão XIV sobre o ataque do exército israelense à igreja católica da Sagrada Família, segundo o patriarca latino de Jerusalém, cardeal Pierbattista Pizzaballa.

Segundo o Vatican News, serviço de informações da Santa Sé, o papa ligou hoje (18) para o cardeal italiano enquanto Pizzaballa viajava para a faixa de Gaza com o patriarca ortodoxo Teófilo III.

Líderes religiosos entraram na região — cujas fronteiras permanecem bloqueadas — com centenas de toneladas de ajuda humanitária para socorrer famílias de Gaza de várias religiões. Eles também prestaram condolências às famílias das vítimas do ataque, que atingiu diretamente o teto da igreja, matou três pessoas e feriu outras dez, entre elas o pároco, padre Gabriel Romanelli.

“Enquanto estávamos a caminho, bem na fronteira com Gaza, no momento em que nos dirigíamos para lá, o patriarca ortodoxo grego e eu, junto com nossa delegação a Gaza para uma visita de solidariedade à paróquia, às famílias das vítimas e a toda a comunidade, Sua Santidade, o papa Leão XIV, nos chamou para expressar sua proximidade, seu afeto, suas orações, seu apoio”, disse o cardeal Pizzaballa ao serviço oficial de informações da Santa Sé.

O papa também falou ao cardeal sobre sua intenção de “fazer todo o possível para alcançar não só um cessar-fogo, mas também o fim dessa tragédia”.

Segundo Pizzaballa, na conversa, Leão XIV expressou repetidamente sua indignação com a violência das forças armadas israelenses.

“O papa Leão reiterou que é hora de pôr fim a esse massacre”, disse o patriarca. “E que o que aconteceu é injustificável e é preciso agir para que não haja mais vítimas”.

“Também lhe asseguramos, em nome de toda a comunidade de Gaza, irmãos e irmãs, sacerdotes, religiosos e religiosas, as nossas orações e agradecimentos”, disse o cardeal.

O papa Leão XIV expressou repetidamente sua preocupação com a situação em Gaza desde o início da ofensiva militar. Seu apelo de hoje (18) segue uma série de gestos de solidariedade aos cristãos locais e a todo o povo palestino.

Ontem (17), assim que soube do ataque, o papa enviou um telegrama assinado — como é de costume — pelo secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, para lamentar as perdas de vidas e feridos “causados pelo ataque militar” e exigir um cessar-fogo.

Por sua vez, o governo de Israel lamentou o ataque à igreja católica da Sagrada Família em Gaza, atribuindo-o a “um projétil perdido” nos combates na faixa de Gaza.

Em mensagem na rede social X, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o ocorrido está sendo investigado e disse estar comprometido com a proteção de civis e locais sagrados.

“Israel lamenta profundamente que um projétil perdido tenha atingido a igreja da Sagrada Família em Gaza”, disse Netanyahu nas redes sociais. “Cada vida inocente perdida é uma tragédia. Compartilhamos a dor das famílias e dos fiéis”.

O ataque, ocorrido ontem (17) de manhã, gerou uma onda de condenação internacional, especialmente por parte dos patriarcas e líderes de Igrejas em Jerusalém, que descreveram o incidente como um “crime” contra um local sagrado. No momento do ataque, o complexo paroquial católico abrigava cerca de 600 pessoas deslocadas, entre elas muitas crianças e pessoas com deficiência.

Entre os mortos estão o zelador da paróquia e duas idosas que estavam sendo atendidas pela Cáritas no momento do ataque. O pároco, padre Gabriel Romanelli, sofreu ferimentos leves na perna.

Essa não é a primeira vez que a paróquia da Sagrada Família, que é um ponto de ajuda humanitária desde o início da guerra em outubro de 2023, é atacada. Em dezembro daquele ano, duas mulheres foram mortas por um atirador israelense dentro do complexo. Sete pessoas também ficaram feridas no tiroteio que atingiu vários moradores de Gaza. Na ocasião, o patriarcado latino de Jerusalém condenou o ataque “a sangue frio” ao perímetro da paróquia, onde “não havia combatentes”.

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